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Felinos do Zoo de Curitiba fazem testes de Covid-19 para embasar pesquisa


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A pesquisa sobre a possibilidade de transmissão do vírus de animais para humanos

Foto: Alexander Biondo/UFPR/Divulgação
Pesquisa está sendo comandada pela Universidade Federal do Paraná

Uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente, em Curitiba, realizou testes de Covid-19 nos felinos do Zoológico Municipal para dar prosseguimento a um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre como o vírus causador da Covid-19 se manifesta em felinos selvagens e domésticos e se existe a possibilidade de transmissão para humanos.

O exame deu negativo para todos os 11 animais, de acordo com a prefeitura. Os 39 servidores do local também passaram por testagem e um deles teve resultado positivo para a doença. Conforme a equipe do zoo, o tratador não tinha contato direto com os felinos e está cumprindo quarentena em casa.

"Queremos elucidar se existe o mecanismo de infecção de humanos pelos felídeos, visto que o contrário já sabemos que ocorre, e se esses animais poderiam ser ‘reservatórios’ do novo coronavírus”, explicou a pesquisadora Brenda Winona dos Santos.

A coleta do material nos felinos, que foi feita no fim de junho, reproduziu o protocolo de medidas preventivas feitas no Zoo do Bronx, em Nova Iorque, que detectou a presença do coronavírus em um tigre de 4 anos. De acordo com o 'The New York Times', esta pode ser a primeira infecção do vírus em um animal nos EUA e também a primeira em um tigre no mundo.

 “Para nós, fica claro que o resultado é consequência das medidas preventivas, tomadas desde o início da pandemia na cidade e da notícia de contaminação do felino em Nova Iorque”, disse o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo.

Os exames no Zoo de Curitiba foram feitos em quatro onças, três gatos do mato, uma jaguatirica, um gato maracajá, um puma, um leão e um tigre.

Por questões anatômicas, segundo o professor Alexander Biondo, o processo de coleta nos felinos é diferente dos feitas em humanos, que captam o muco da região nasofaríngea, onde ficam as células olfativas e o coronavírus costuma se alojar. Para a coleta nos animais, os cientistas contaram com a ajuda dos tratadores, o que dispensou necessidade de sedação, ressaltou o professor.

No entanto, o método de análise foi o mesmo para amostras de pessoas, através da busca por material genético do vírus. A única diferença é que a equipe de cientistas precisou dar início à análise logo em seguida da coleta para evitar a degradação do material genético do vírus.

Segundo Biondo, para dar continuidade à pesquisa, os testes dos felinos selvagens devem ser refeitos no segundo semestre.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do G1/PR
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