O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na última quarta-feira (28) que "Deus deixou o sertão sem água" porque "sabia" que ele se tornaria presidente e traria o recurso para região.
A declaração foi feita durante cerimônia de entrega do primeiro trecho do Ramal do Apodi, localizado em Cachoeira dos Índios (PB), região que contempla o plano de transposição do Rio São Francisco.
Ainda no discurso, o petista afirmou que "fome por causa da seca é falta de vergonha na cara das pessoas que governam esse país". E ressaltou que a maioria do povo nordestino o elegeu para o cargo em 2022.
O governo estima que a transposição leve água a mais de 12 milhões de pessoas que vivem no semiárido. A meta depende também de ações dos governos estadual e municipal.
Na cerimônia, Lula também criticou o governo do antecessor Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a população não pode votar em "tranqueira" novamente.
Ainda durante o discurso, o petista mencionou o antecessor e ex-rival nas urnas como alguém que "mentia descaradamente" e "fazia fake news".
Após o eventos, vieram as críticas dos opositores, em seu perfil no X, o senador Rogério Marinho (PL-RN) classificou a fala de Lula como um “surto messiânico, megalomania ou psicopatia”. O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) disse que o episódio foi “mais um delírio messiânico”.
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), um dos principais opositores de Lula, declarou que o chefe do Executivo tem “mania de grandeza que não converge com as roubalheiras e os fracassos nos seus sucessivos governos”.
Já o deputado federal André Fernandes (PL-CE) comparou o presidente à sua mulher, Janja da Silva e declarou que os 2 parecem estar em uma “competição” de quem fala mais besteira.