O presidente Lula (PT) e diferentes integrantes do primeiro escalão do governo federal se reuniram na manhã de sexta-feira (10) para discutir os impactos da decisão da META, que administra o Facebook, Instagram e WhatsApp, de pôr fim ao seu programa de checagem de fatos.
Após o encontro, a Advocacia-Geral da União apresentou uma notificação extrajudicial pedindo maiores informações para a empresa no Brasil, que terá 72h para responder.
Um dia antes, Lula havia mandando um recado a Mark Zuckerberg, CEO da Meta, ao dizer que um cidadão não pode achar que tem condição de ferir a soberania de uma nação.
Zuckerberg criticou nesta semana tribunais da América Latina e disse que trabalhará com o presidente eleito Donald Trump (EUA) "para resistir a governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando por mais censura".
Ainda na sexta-feira, após o encontro no Palácio do Planalto, o ministro Jorge Messias (AGU) disse que o governo não permitirá que redes sociais se transformem em "barbárie digital".
Além disso, o ministro Rui Costa (Casa Civil) também disse que o governo continuará discutindo um novo arcabouço legal para regulamentação das redes sociais em um grupo de trabalho, que também será criado.
O grupo discutirá a melhor forma de apoiar um projeto ou enviar um novo, eventualmente e conversará que com os presidentes da Câmara e do Senado.
O governo tentou aprovar o PL das Fake News na Câmara, que chegou a ter urgência aprovada, mas acabou parado por falta de apoio e após pressão da direita na Casa.