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Brasil se despede de Maguila, maior boxeador peso-pesado do País


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Ele vinha sofrendo de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística

Foto: Divulgação
Maguila doou seu cérebro para pesquisas científicas após sua morte

Morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos Adilson "Maguila" Rodrigues, maior boxeador peso-pesado do Brasil e um dos principais na história da América do Sul.
Ele vinha sofrendo de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013, e procurava minimizar os sintomas com um tratamento a base de canabidiol.
Maguila não chegou à disputa de um dos principais cinturões mundiais --embora tenha conquistado o irrelevante título da Federação Mundial de Boxe--, mas, quando se fala de carisma, teve poucos rivais entre atletas brasileiros.
Nem bem o locutor de ringue fazia o anúncio oficial de suas vitórias, ele começava a mandar abraços para todos: o açougueiro que caprichava na carne para ele ficar forte, o moço da concessionária onde comprou o carro etc.
A rápida ascensão o levou a desafiar lendas do boxe mundial, como os americanos Evander Holyfield e George Foreman. O brasileiro perdeu as duas lutas, mas se lembrava delas com bom humor.
Antes de se aposentar, assou a excursionar pelo interior paulista, por outros estados e até no Uruguai, contra adversários de no máximo nível mediano. Uma derrota por nocaute para o novato Daniel Frank, que tinha apenas cinco lutas, selou a sua aposentadoria dos ringues em 2000.
Maguila encerrou a carreira aos 42 anos. Como pugilísta profissional disputou 85 lutas com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, sete derrotas e um empate técnico.
Para o boxeador, não faltaram atividades, que começaram a aparecer antes mesmo do fim de sua carreira, durante a qual adquiriu um posto de gasolina.
Maguila foi comentarista econômico do programa popular "Aqui Agora", participou de comerciais e a convite do prefeito Toninho da Pamonha, aceitou o cargo de secretário de Esporte de Itaquaquecetuba, em São Paulo.
Em 2018, com o consentimento da família, o ex-boxeador aceitou doar seu cérebro para pesquisas científicas após sua morte, assim como outro ídolo dele: Éder Jofre, que também recebeu o mesmo diagnóstico e morreu em 2022.
O Ministério do Esporte ressaltou "o legado esportivo, o carisma e a generosidade de quem defendeu causas sociais para ajudar os menos favorecidos".
Maguila deixa três filhos e a esposa.

 


Fonte: *Redação CN, com informações da Folhapress/GE
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