Cidades da região sul do Rio Grande do Sul registraram danos provocados pelas chuvas desde o início da semana. O Boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde de quarta-feira (25), mostra que 26 muncipios sofrem com problemas gerados pelo grande volume de água e pela intensidade dos ventos.
As ocorrências incluem postes de luz caídos e queda de árvores, alagamentos pontuais e casas destelhadas, especialmente nas zonas rurais.
Além disso, quase 150 pessoas estão fora de suas casas, em abrigos públicos ou em residências de parentes ou amigos. São 95 pessoas desabrigadas e 54 pessoas desalojadas no estado. Elas vivem nos municípios de Bagé, Cerrito, Jaguarão, Pedro Osório, Rio Grande e Pelotas.
O Rio Grande do Sul ainda se recupera das enchentes históricas que devastaram o estado em maio.
Em Bagé, onde 26 pessoas estão desalojadas, os ventos chegaram a 101 Km/h, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. Já os maiores acumulados de chuva foram registrados em Camaquã (68,8 mm), Rio Grande (68,2 mm) e Capão do Leão (63,6 mm).
Em Pelotas, que tem mais de 300 mil habitantes, a prefeitura anunciou a suspensão das aulas na rede municipal já na segunda-feira (23). Além disso, sete unidades básicas de saúde precisaram ser fechadas temporariamente.
Segundo a prefeitura, há trechos de estrada na zona rural onde não é possível transitar. A ponte do Totó foi interditada e há restrições em percursos do transporte coletivo. Na cidade, há 13 desabrigados e 8 desalojados.
A Defesa Civil alerta para a possibilidade de novos temporais. Na quarta-feira (25), o volume de água pode chegar a 140 mm na região sul do estado. A frente fria deve avançar durante a noite, aumentando a chance de temporais e rajadas de vento.
A previsão é que a chuva continue até quinta-feira (26). Com isso, parte das bacias hidrográficas do estado está em alerta. Há possibilidade de elevação do nível de arroios, rios menores e rios principais das bacias hidrográficas, com possíveis inundações.
A possibilidade de chuvas fortes foi comunicada pela Defesa Civil na noite do último domingo (22). O fenômeno é consequência da chegada de uma frente fria vinda do Uruguai.