Artistas, músicos e comerciantes lotaram as dependências do plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Santo Antônio da Platina (92 Km de Cornélio Procópio) na terça-feira (30), para pedir apoio aos parlamentares para alteração e flexibilização do artigo 28 da lei 530 de 2006, que restringe e veda música ao vivo em bares, restaurantes e ao ar livre.
As exigências da lei para a realização da atividade são tantas, que desde aquele ano, a cidade deixou de ter vida noturna. O fato não prejudicou apenas a comunidade artística da cidade, mas também os jovens, o comércio e os funcionários.
O comerciante Janderson Rodrigues Souza, representando o “Movimento Sem Cultura, Sem Futuro”, ocupou a Tribuna para sensibilizar os vereadores a ajudá-los a alterar o artigo 28 da lei, já que há mais de um mês, integrantes do movimento pedem ao prefeito José da Silva Coelho Neto, por meio de requerimento, que realize uma audiência pública para debater o assunto, mas até o momento, ele não se mostrou receptivo à ideia.
Na sua fala, Janderson disse que a Cultura sempre foi decisiva na história da humanidade e que a música toca a alma e desperta sentimentos.
“Santo Antônio está privada de intelecto, inclusive na área econômica. O trabalhador noturno tem sido privado de prover para sua família. Estamos em 2023, em uma sociedade moderna e não podemos mais aceitar viver dentro de uma caixa de espuma”, disse, se referindo as exigências da lei sobre as medidas de contenção acústica, que os bares e restaurantes que quiserem promover a atividade terão que providenciar.
Ao final, antes de agradecer o grande público presente, o comerciante lembrou do argumento dito anteriormente, que se for respeitar os decibéis estabelecidos na lei, não pode haver shows na Exposição Feira Agropecuária e Comercial (EFAPI) de Santo Antônio da Platina, ainda mais por ser realizada tão próxima a uma unidade hospitalar.